segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Quando comecei a conhecer-te, elevaste-me para ti para me mostrares que eu tinha ainda muitas coisas a compreender e como era ainda incapaz de o fazer. Fizeste-me ver a fraqueza do meu olhar, lançando sobre mim o teu esplendor, e eu estremeci de amor e de espanto. Descobri que estava longe de ti, na região da dissemelhança, e a tua voz vinha a mim como que das alturas : « Eu sou o pão dos grandes; cresce e comer-me-ás. E não serás tu que me transformarás em ti, como acontece com o alimento do teu corpo ; mas tu é que serás transformado em mim”.

Santo Agostinho (354-430)
(As Confissões, VII)

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